Gostas ? Fica por cá!!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

"Dizer que se ama alguém não é nada difícil. O mais complicado é mostrá-lo na prática. Hoje em dia usa-se a frase “eu amo-te” a torto e a direito, sem se sentir exactamente o que está implícito nessa afirmação. É que amar alguém é muito mais que a simples união de corpos.

Pressupõe uma união de almas, de projectos de vida, de expectativas, de sofrimentos, de alegrias, etc, etc. Para além disso, é muito fácil rematar-se a frase com o “…a meu modo”, pois esse é um saco onde cabe tudo o que queiramos lá colocar. Não nos enganemos porque é pura demagogia!
Quem o afirma está imediatamente a dizer que não está disposto a fazer qualquer sacrifício ou concessão, mas espera que o parceiro aceite essa ideia e reaja com generosidade. Digamos que existem dois pesos e duas medidas, uma vez que as pessoas que amam a seu modo, nunca se relacionam intimamente com outras pessoas que amam do mesmo modo que elas, ou seja, preferem aquelas que amam mais convencionalmente.
Isto porque, se assim não for, a relação não pode existir porque é o vazio total, já que está cada um voltado para o seu lado, vivendo enclausurado no seu mundo! Estas pessoas procuram então, outras que são complementares, mas as relações não duram muito, esgotam-se em palavras ocas de conteúdo.
É que, na realidade, as palavras valem o que valem e quando não são acompanhadas de atitudes coerentes são sempre motivo de desconfiança. Por muito que a sociedade tenha mudado, o certo é que o ser humano continua a ter as mesmas necessidades emocionais de outrora e quem ama gosta de apaparicar o outro e, também, de ser rodeado de carinhos. Sempre assim foi e sempre assim será.
Excluindo a patologia, quando amamos alguém gostamos de fazer coisas para lhe agradar, ficamos felizes com os seus pequenos triunfos e estamos lá para apoiar nas quedas. Amar é procurar construir uma relação sólida, que não vá ruir perante a primeira contrariedade. Tudo isto é o oposto do simples cruzar de braços, escudado pelo egoísmo de um estilo de amar que só existe para justificar a incapacidade de se entregar por completo."

2 comentários: