Tentei definir-te, explicar-te, resumir-te.
Como se isso fosse possível! Estaria a diminuir-te, a atenuar-te, a abreviar quem és e quem és para mim.
Não que para mim sejas diferente do que és para o mundo, eu é que contigo sou melhor. Aí sim é que reside a diferença.
Tentei definir-te, esmiuçar-te, expor-te. Se eu sou tu e se tu somos nós, como poderia eu expor-nos dessa maneira?
Oh amor, como te posso definir se és tu quem me defines?
Se és tu que me constróis e embalas, se és tu que me aumentas as saudades quando estás ausente e me diminuis em todas as tuas presenças de tão grandioso que és?
Oh amor tentei definir-te, explicar-te, resumir-te, quando eu própria me resumo a ti, sem explicação ou definição senão aquela que exerces em mim.
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