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sábado, 24 de julho de 2010


Carolina era das raparigas mais bonitas que João alguma vez tinha avistado.

Cada movimento, cada palavra dela, faziam-no suspirar. No entanto ela nunca poderia ver o brilho do seu olhar, enquanto ele a contemplava. Ela era irremediavelmente cega.

Passaram uns dias, talvez umas semanas até que eles começaram a fortalecer ligações.

Ela imaginava-lo à sua maneira, tal e qual um príncipe.

Pouco tempo depois o relacionamento entre eles começou a ficar mais forte, e ele pediu-lhe que fosse sua namorada. Ele amava-a tanto, mais do que ele pensara ser possível.

Passavam imenso tempo juntos, passeavam, ele fazia retratos na íntegra de todas as paisagens, para que ela pudesse também apreciar a beleza.

Ela passara a ser irrevogavelmente a sua razão de viver.

Um dia ela disse-lhe que se pudesse ver, casaria com ele no momento a seguir.

Passado uns tempos, alguém bastante generoso, doou-lhe uns olhos.

Aconteceu toda a intervenção, e o João não se afastou um único minuto da cama do hospital de Carolina. Estava completamente ansioso pelo momento em que seria retirada a venda dos olhos da sua amada.

Foi então que ela viu pela primeira vez, todas as cores do mundo.

Ambos atordoados de tanta emoção, João perguntou-lhe:

- Agora casas comigo?

Ela absorta, reparou que o seu namorado também era cego.

- Desculpa, não posso casar com contigo, tu és cego.

João deixou rolar todas as lágrimas que o coração chorava, até que disse afastando-se:

- Tudo bem. Cuida apenas bem dos meus olhos, eles eram muito importantes para mim, pois foi através deles, que pude contemplar a tua beleza! Amo-te Carolina


Porque será que as pessoas se desdobram em feitos, que muitas das vezes não são reconhecidos por quem os recebe?

Se fizerem algo por ti, ainda que te pareça insignificante, não menosprezes quem o fez, nem tão pouco as suas razões…acima de tudo agradece, agradece com tudo o que tens.

O amor só é amor...quando é uma troca, uma troca de sentimentos, de bem estar, de felicidade e de sinceridade!

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